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sábado, 8 de outubro de 2011

HIDRELÉTRICA DE BELO MONTE

Belo Monte é uma usina hidrelétrica que foi projetada para ser construída no Rio Xingu, PA. Sua potência instalada será de 11233 MW, resultando em uma maior e mais potente usina hidrelétrica inteiramente brasileira....


O lago da usina terá uma área de 516 km², com três casas de força. A previsão é que ao ser concluída, seja considerada a terceira maior hidrelétrica do mundo, atrás apenas da chinesa Três Gargantas e da binacional Itaipu, com 11,2 mil MW de potência instalada, seu custo é estimado hoje em R$ 19 bilhões. A energia assegurada pela usina terá a capacidade de abastecimento de uma região de 26 milhões de habitantes, com perfil de consumo elevado como a Região Metropolitana de São Paulo.
A polêmica em torno da construção da usina na Bacia do Rio Xingu, em sua parte paraense, já dura mais de 20 anos. Entre muitas idas e vindas, a hidrelétrica de Belo Monte, hoje considerada a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, vem sendo alvo de intensos debates na região. A primeira, de um complexo de cinco hidrelétricas planejadas pela Eletronorte, seria Kararaô, mais tarde rebatizada Belo Monte.
Estão previstas mais quatro barragens ultras grandes nas áreas inundadas rio a cima no Xingu, que servirão como reservatórios de água para abastecer a hidrelétrica na época da seca. Isso aumentara muito mais a produção elétrica de Belo Monte.

Localização Geográfica
Situada no coração do Brasil, na bacia do Rio Xingu, Pará. Área de mega biodiversidade, com 28 etnias indígenas, aproximadamente 440 espécies de aves, 200 de répteis, 400 de peixes diferentes e mais 200 espécies de mamíferos. De clima instável, sofre grande estiagem durante 3 a 4 meses do ano. O Xingu é um rio interior amazônico, que nasce a oeste da Serra do Roncador e ao norte da Serra Azul, no leste do Mato Grosso. Corre na direção sul-norte, paralelo aos rios Tapajós e Tocantins, e após percorrer pouco mais de 2 mil km, deságua ao sul da Ilha de Gurupá (PA), na margem direita do Amazonas, do qual é um dos maiores afluentes.

Biodiversidades
  • A Bacia Amazônica abriga 60% das florestas tropicais do planeta,
  • Cobre uma área quase do tamanho dos estados unidos,
  • 1/5 de toda a água doce do mundo corre por o emaranhado dos rios amazônicos.
  • O rio Xingu é o mais mágico desse grande complexo, garantindo a subsistência de mais de 25 mil indígenas de 24 etnias, milhares de ribeirinhos, populações extrativista, agricultores e familiares e inumeráveis espécies de plantas e animais.
A bacia do rio Xingu abriga o maior mosaico de áreas protegidas do Brasil combinando terras indígenas e unidades de conservação, como parques nacionais e reservas extrativistas, no entanto, no coração da floresta o governo quer construir o que seria a 3ª maior usina hidrelétrica do mundo, Belo Monte.

História
  • 1975 foi iniciado os Estudos de Inventário Hidrelétrico da Bacia Hidrográfica do Rio Xingu.
  • Em 1980 a Eletronorte começa a fazer estudos de viabilidade técnica e econômica do chamado Complexo Hidrelétrico de Altamira, formado pelas usinas de Babaquara e Kararaô,
  • 1989, durante o 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, realizado em fevereiro em Altamira (PA), a índia Tuíra, em sinal de protesto, levanta-se da plateia e encosta a lâmina de seu facão no rosto do presidente da Eletronorte, José Antonio Muniz, que fala sobre a construção da usina Kararaô (atual Belo Monte), a cena é reproduzida em jornais e torna-se histórica. O encontro teve a presença do cantor Sting. O nome Kararaô foi alterado para Belo Monte em sinal de respeito aos índios.
  • Em 1994 o projeto é remodelado para tentar agradar ambientalistas e investidores estrangeiros, uma das mudanças preserva foi a Área Indígena Paquiçamba de inundação.
  • 2001 foi divulgado um plano de emergência de US$ 30 bilhões para aumentar a oferta de energia no país, o que inclui a construção de 15 usinas hidrelétricas, entre elas Belo Monte. A Justiça Federal determinou a suspensão dos Estudos de Impacto Ambiental (EIA) da usina.
  • 2002 foi contratada uma consultoria para definir a forma de venda do projeto de Belo Monte.
  • 2006, O processo de análise do empreendimento foi suspenso e impediu que os estudos sobre os impactos ambientais da hidrelétrica prosseguissem até que os índios afetados pela obra fossem ouvidos pelo Congresso Nacional.
  • 2007, durante o Encontro Xingu para Sempre, índios entraram em confronto com o responsável pelos estudos ambientais da hidrelétrica. Após o evento, o movimento elaborou e divulgou a "Carta Xingu Vivo para Sempre", que especificou as ameaças ao Rio Xingu e apresentou um projeto de desenvolvimento para a região, exigindo sua implementação das autoridades públicas.
  • 2009, a Justiça Federal suspendeu o licenciamento e determinou novas audiências para Belo Monte. O IBAMA voltou a analisar o projeto e o governo dependeu do licenciamento ambiental para poder realizar o leilão de concessão do projeto da hidrelétrica, previsto para 21 de dezembro.
Características
Belo Monte, um dos sete barramentos previstos originalmente pela Eletronorte para o Rio Xingu, terá um reservatório de 516 km², extensão que no projeto original era de 1200 km². Estava previsto para o empreendimento a implantação de uma casa de força principal com 20 máquinas com potência unitária de 550 MW, responsáveis pela geração de 11 mil MW, uma casa de força secundária com sete unidades de 25,9 MW cada, que totalizam os 181,3 MW adicionais. De acordo com a Eletronorte, a segunda casa de força foi projetada para melhorar o aproveitamento da vazão do rio e reduzir os impactos ambientais. Também será construído um canal de adução, com cerca de 12 km de extensão e largura média de 250 metros, para auxiliar na pressão das águas às turbinas. Para a construção desse canal, serão escavados 144 milhões m³ de terra e 51 milhões m³ de rocha, material que, segundo o Movimento pelo Desenvolvimento da Transamazônica e do Xingu (MDTX), ainda não tem destino. Muniz afirma que o volume é, efetivamente, grande, mas já existe um estudo de realocação do material, como, por exemplo, utilizá-lo para a criação de algumas praças, cujo resultado está disponível no estudo de viabilidade. Belo Monte envolve ainda 3,8 milhões de m³ de concreto, contra 7,9 milhões de Tucuruí e 12,6 milhões em Itaipu.
Situado coração do Brasil, a bacia do Rio Xingu, Pará. Área de mega biodiversidade, com 28 etnias indígenas, aproximadamente 440 espécies de aves, 200 de répteis, 400 de peixes diferentes e mais 200 espécies de mamíferos. De clima instável, sofre grande estiagem durante 3 a 4 meses do ano. Nesse período, BELO MONTE, produziria menos de 50% de sua capacidade total. Não se sabe o que fazer com os 210 milhões de metros cúbicos de detritos que serão retirados.
Obrigando a migração de milhares de pessoas para o interior da Amazônia, favorecendo a pobreza, a miséria e favelização. Governo promete dar um jeito nisso, mas não especifica como.

Impactos Socioambientais
  1. Lago da usina alagará uma área de 516 km²;
  2. Alteração da vazão do rio;
  3. Inundações permanentes e danos ao patrimônio arqueológico e ecológico;
  4. Mudança nas espécies de peixes;
  5. Alteração na qualidade de água no rio Xingu e seus afluentes;
  6. Despojamento humano e territórios indígenas sagrados;
  7. Diminuição considerável no fluxo do rio Xingu e seus afluentes;
  8. Inundação permanentemente dos igarapés Altamira e Ambé, que cortam a cidade de Altamira, e parte da área rural de Vitória do Xingu.
  9. Vazão da água a jusante do barramento do rio em Volta Grande do Xingu será reduzida e o transporte fluvial até o Rio Bacajá (um dos afluentes da margem direita do Xingu) será interrompido. Atualmente, este é o único meio de transporte para comunidades ribeirinhas e indígenas chegarem até Altamira, onde encontram médicos, dentistas e fazem seus negócios, como a venda de peixes e castanhas.
  10. Inundação constante, hoje sazonal, dos igarapés Altamira e Ambé, que cortam a cidade de Altamira, e parte da área rural de Vitória do Xingu.
  11. Redução da vazão da água a jusante do barramento do rio na Volta Grande do Xingu e interrupção do transporte fluvial até o Rio Bacajá, único acesso para comunidades ribeirinhas e indígenas. Remanejamento de cerca de famílias que vivem hoje em condições precárias na periferia de Altamira, na área rural de Vitória do Xingu e de 350 famílias ribeirinhas que vivem em reservas extrativistas.
  12. Alteração do regime do rio sobre os meios biótico e socioeconômico, com redução do fluxo da água.
As ricas florestas inundáveis e o próprio rio Xingu abrigam dezenas de espécies que não são encontrados em nenhum outro lugar do planeta, entre outras estão o peixe acari zebra, um tipo de piranha que come planta e a venenosa rã dardo do rio Xingu. Redução do Volume de Água no Rio Xingu e Afluentes Sem as cheias sazonais a biodiversidade seria gravemente afetada e cerca de 10 espécies de peixes idênticos da região poderão ser extintos, espécies migratórias, como curimatã, tucunaré e a piraiba são fundamentais para a dieta dos povos da região, com a barragem esses peixes não conseguiriam subir o rio e ficariam impossibilitados de se reproduzir, outras espécies migratórias iriam perder o acesso aos locais onde constroem seus ninhos, como a raia maculada e milhares de quelônios, o desmatamento da barrage m iria alterar drasticamente habitat do macaco arranha de corado branco e do sagui de barba preta. Desviar o rio criara poças de água estagnada na volta grande permitindo a reprodução descontrolada de uma espécie perigosa, o mosquito anófeles, transmissor de doenças infecciosas como a malaria, essa possas aumentaria as chances dessa contaminação. Com a alteração da vazão do rio altera todo ciclo ecológico da região afetada, que está condicionado ao regime de secas e cheias. A obra irá gerar regimes hidrológ icos distintos para o rio. A região permanentemente alagada deverá impactar na vida de árvores, cujas raízes irão apodrecer. Estas árvores são a base da dieta de muitos peixes. Além disto, muitos peixes fazem a desova no regime de cheias, portanto, estima-se que na região seca haverá a redução nas espécies de peixes, impactando na pesca como atividade econômica e de subsistência de povos indígenas e ribeirinhos da região.

Comunidades Indígenas Afetadas (Fonte: Rima/Eletrobrás)

Indígenas e Terras Indígenas na Bacia do Xingu
  • 28 etnias
  • 29 TIs (terras indígenas), 12 em Mato Grosso e 16 no Pará.
  • 19 800 000 ha de extensão das TIs
  • Cerca de 20 mil índios
Duas TIs diretamente afetadas pela diminuição da vazão do rio: Paquiçamba e Arara da Volta Grande, Área Indígena Juruna do km 17 da PA-415 será afetada pelo aumento do tráfego na estrada.

Terras Indígenas e Populações Indiretamente Afetadas
  • TI Trincheira do Bacajá - 673 pessoas
  • TI Koatinemo - 144 pessoas
  • Arara - 236 pessoas
  • Kararaô - 39 pessoas
  • Cachoeira Seca - 81 pessoas
  • Araweté - 398 pessoas
  • Apyterewa - 411 pessoas
Total = 1982 pessoas

População Total Direta e Indiretamente Afetada
  • 317.472 habitantes dos municípios de Altamira, Senador José Porfírio, Porto de Moz, Anapu, Vitória do Xigu, Medicilância, Gurupá, Brasil Novo, Placas, Uruará e Pacajá
  • 350 famílias de ribeirinhos que vivem nas Resex do Rio Iriri, Riozinnho do Anfrísio, Verde para Sempre e Médio Xingu
  • 21 comunidades quilombolas                                     
Taxa de Desmatamento nos Municípios Direta e Indiretamente Afetados (2008)
Extensão (km²)
Desmatamento (km²)
percentual (%)
Vitória do Xingu
2 969
1 728
58,22
Altamira
159 701
6 113,8
3,33
Sen.José Porfírio
14 388
631,5
3,87
Anapu
 11 909
1 891,1
15,88
Brasil Novo
 6 370
2 411,5
37,86
Gurupá
 8 550
89,3
1,04
Medicilândia
 8 271
1 798,6
21,75
Pacajá
 11 852
4 565,2
38,52
Placas
 7 174
1 597,6
22,27
Porto de Moz
 17 429
773,1
4,44
Uruará
 10 704
2 788,1
25,83
                             Fonte: Inpe/Prodes

Além dos Juruna da Terra Indígena Paquiçamba, localizados mais próximos à usina, a área de influência de Belo Monte, segundo definição da Eletronorte, envolve outros nove povos indígenas: os Assurini do Xingu, os Araweté, os Parakanã, os Kararaô, os Xikrin do Bacajá, os Arara, os Xipaia e os Kuruaia. A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) inclui ainda vários povos Kaiapó na região e mais de 1 mil índios que vivem em Altamira.

Destruição da Fauna e Flora (Extinção da Espécie)
  • Peixes raros ameaçadas
Um levantamento mapeou 819 peixes em 540 bacias hidrográficas no país. Somente na bacia do Rio Amazonas, há 184 espécies raras. A construção da usina de Belo Monte, no Pará, ameaça à existência de nove espécies de peixes raros, segundo levantamento feito por um grupo de seis pesquisadores do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da ONG Conservação Internacional (CI-Brasil). O alerta para o perigo às espécies na Volta Grande do Xingu, onde Belo Monte deve ser erguida, é apenas um dos resultados da pesquisa inédita, que identificou 819 espécies de peixes raros de água doce no país.

As espécies raras ameaçadas na Volta Grande
Aequidens michaeli
Anostomoides passionis
Astyanax dnophos
Ossubtus xinguense
Parancistrus nudiventris
Pituna xinguensis
Plesiolebias altamira
Simpsonichthys reticulatus
Teleocichla centisquama

Foram mapeadas 540 bacias hidrográficas consideradas como áreas-chave para a conservação dos ecossistemas aquáticos brasileiros.
Esses são lugares insubstituíveis que abrigam espécies de peixes que somente ocorrem lá e em nenhuma outra parte. Somente na Bacia do Rio Amazonas foram identificadas 124 microbacias e 184 espécies de peixes raros.
"Na região da Volta Grande do Xingu, temos quatro áreas críticas para conservação que possuem menos de 50% de sua vegetação remanescente."
Das nove espécies em perigo, duas certamente se extinguiriam com a construção da usina porque vivem em lagoas temporárias que desapareceriam com a obra.
Parancistrus nudiventis, uma das espécies ameaçadas na Volta Grande. (Foto: Reprodução)
Para as outras espécies, ainda é necessária uma avaliação de como são afetadas pela construção, já que, apesar de existirem em outras partes da Bacia do Xingu, alterações na altura da Volta Grande podem impedir seu ciclo de vida.
Segundo um estudo, apenas 26% das 540 bacias hidrográficas consideradas áreas-chave são razoavelmente protegidas. As áreas críticas levantadas pelos pesquisadores em todo o país abrigam 344 espécies encontradas apenas em determinada região.
  • Árvore no Caminho de Belo Monte
Pau-Cravo
A árvore de pau-cravo (Dicypellium caryophulatum) está ameaçada de extinção na Amazônia e uma de suas populações deverá ser suprimida com a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
A espécie, que pode ter até 20 metros de altura e tem flores e frutos muito aromáticos, ocorre na Amazônia brasileira, peruana e equatoriana, A árvore está na lista oficial de espécies ameaçadas do Ibama, além da lista oficial do Pará e de instrução normativa do Ministério do Meio Ambiente.
A literatura científica sobre a espécie é rara e tinha-se conhecimento de apenas um exemplar com 9 metros de altura, registrado em 2008 no local onde será feito um dos canais de derivação da usina de Belo Monte. Mais 20 indivíduos da espécie foram encontrados no mesmo ano na região pela mesma equipe que levantou os impactos ambientais da construção da hidrelétrica. Outros 189 indivíduos foram observados no município de Juruti, revelando a maior concentração já registrada na Amazônia desde o século 18, segundo a pesquisa. As árvores ficam em uma área onde deverá haver concessões florestais e pesquisadores sugerem a criação de uma unidade de conservação para proteger a espécie. O estudo de Salomão e Rosa avaliou a abundância de pau-cravo em Juruti e encontrou a concentração "rara", segundo a pesquisa, de 76 árvores em um único hectare. O estabelecimento de uma área reservada no local é de "importância crucial para a conservação e preservação de tão importante espécie da flora amazônica".

Energia Gerada
Boa parte da energia gerada abasteceria indústria de mineração altamente poluente, muitas barragens na amazonia abastecem a extração e a fundição de ferro, cobre, ouro , bem como a da bauxita, esse setor gera pouquíssimos empregos. Para uns, a possibilidade de gerar energia para o Pará e, uma vez interligada ao Sistema Elétrico Brasileiro, para todo país. Para outros, uma usina voltada a produzir energia para indústrias eletrointensivas, com destaque para as indústrias de alumínio. A energia gerada não seria limpa, no fundo dos reservatórios da usina a decomposição da vegetação da floresta inundada liberara enormes quantidades de metano, gases de efeito estufa 25vezes mais poderoso que o carbono, que seria liberado em grande quantidade nas turbinas e junto com a água.

Energias Alternativas
Em fevereiro de 2003, o Brasil tinha 1220 empreendimentos, com uma potência instalada de 82,4 mil MW. Grande parte desse total é fornecido por usinas hidrelétricas (64,2 mil MW), segundo dados publicados pela Agência Nacional de Energia Elétrica. É neste contexto que a construção da Hidrelétrica de Belo Monte voltou à cena, uma vez que 63% do potencial hidrelétrico do Brasil, estimado em 260 mil MW, está concentrado na Amazônia e boa parte deste percentual no Pará. A transformação dos rios brasileiros em megawatts é recorrente. Já o fato de a construção de usinas hidrelétricas no país ter provocado a inundação de mais de 34 mil km² e o deslocamento compulsório de cerca de 200 mil famílias, segundo o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), é pouco lembrado ou citado. Para contrapor a idéia de que Belo Monte, assim como a construção de outras grandes barragens e de usinas termelétricas à gás natural de grande porte, são obras necessárias ao país. A primeira delas está relacionada às perdas técnicas do Sistema Elétrico Brasileiro, atualmente em torno de 15% ou 54 milhões de MW/h. Isso inclui desde a eletricidade gerada pelas usinas hidrelétricas, passando pelas linhas de transmissão, até chegar ao consumidor final. Adotando um padrão internacional - índice de 6% perdas, o que representaria um acréscimo de 33 milhões de MW/h.. Para isso, seria necessário melhorar o isolamento nas linhas e substituir equipamentos defeituosos, como os transformadores. A segunda alternativa é repotencializar usinas hidrelétricas com mais de 20 anos por meio da troca de equipamentos e da modernização de componentes e sistemas. A terceira considera a geração de energia por meio de Pequenas Centrais Hidrelétricas, com potencial calculado em 9,8 mil MW, e o aproveitamento da energia dos ventos. O Atlas Eólico, lançado pela Aneel e pelo Ministério das Minas e Energia, estima o potencial eólico do Brasil em 143 mil MW.
A quarta alternativa identifica a co-geração a partir do bagaço de cana e do papel e celulose como fontes e são as que apresentam maiores possibilidades de utilização a curto prazo.
Povos indígenas, economistas, engenheiros, cientistas e ambientalistas tem denunciado a ameaça de belo monte, seus impactos sociais e ambientais e sua ineficiência energética e econômica exigindo o cancelamento do projeto, ao mesmo tempo, Apontam outros caminhos mais sustentáveis que preservam a Amazônia e permitem o desenvolvimento do Brasil, investindo em eficiência energética o Brasil poderá reduzir sua demanda pro novos projetos de geração de eletricidade respeitando assim a natureza, ao investir em energias verdadeiramente renováveis como a eólica e a solar, o governo iria gerar 8 milhões de novos empregos muito mais que aqueles gerados pelas barragens, o vento e sol podem responder por 20% da eletricidade do pais ate o ano de 2020, muito alem do 1,3% de hoje, os rios são o sangue da Amazônia

Despesas
A construção de Belo Monte, custaria mais de R$ 30 bilhões, atingiria em cheio uma curva do rio chamada VOLTA GRANDE conhecida por sua riquíssima biodiversidade, desviando quase todo fluxo do rio Xingu, a fim de gerar eletricidade que serviria a indústria eletrointensiva da região, que consome muito e emprega pouco.Para desviar o fluxo de um rio tão imenso, dois canais artificiais cujas escavações seriam maiores que a do canal do panamá, seriam feitos no meio da floresta, uma vez cheios os dois reservatórios do complexo Belo Monte iriam inundar mais de 640 km², mas seus impactos seriam sentidos por uma área muito maior rio acima,Se Belo Monte for construída, 100km do Xingu quase secaram, deixando habitantes ao longo rio sem acesso a água, peixes e a meio de transportes, 2 comunidades indígenas Juruna e Arara, tem feito da Volta Grande seu lar a gerações , a seca do rio ira causar graves impactos ao seu modo de vida tradicional, baseado na pesca, agricultura e caça.
Centenas de famílias ribeirinhas pescam e cultivam alimentos nas margens e ilhas do Xingu, a barragem de Belo Monte iria forçar essas famílias a deixar suas terras e se mudar para as cidades, La eles competiriam por trabalhos mal remunerados com centenas de milhares de imigrantes para a região, na esperança de encontrar emprego na usina. Os imigrantes que não encontrarem emprego irão recorrer a outros meios de sustento, agravando a pesca e a caça ilegais, a grilagem, a exploração ilegal de madeira e a criação de gado, que é a maior causa de desmatamento na Amazônia, enquanto uma parte na Amazônia secaria; belo monte faria outro trecho subir, inundando grandes áreas urbanas na cidade de Altamira, forçando o deslocamento entre 20 mil a 40 mil pessoas, que não tem nenhuma informação de para onde iriam, a água represada faria desaparecer as praias e o esgoto será despejado no reservatório, Belo Monte não é um projeto economicamente viável, devido as grandes mudanças sazonais do rio que segue os ciclos de cheia e vazão, a usina só produziria 39% da sua capacidade, pouco mais de 40MW, além disso os custos do projeto podem subir pela falta de dados geológicos sobre a escavações dos canais, depois de tudo, especialistas calculam prejuízos entre 3 e 8 bilhões de dólares , Belo monte só é possível devido ao governo recorrer ao BNDES e ao fundo de pensão de trabalhadores públicos para financiar o projeto.  Para atrair investimento o BNDES varia o maior empréstimo da sua historia alem dos 14bi q já emprestou com juros de 4%.

Complementos

Uma obra que transcenderá mandatos e políticos. O impacto ambiental vai cavar um buraco do tamanho do canal do Panamá no meio da Amazônia!

Erros do Passado
Construída no Rio Uatumã (AM) a Usina de Balbina é considerada um dos piores investimentos do país do ponto de vista econômico, ambiental e social. Inundou uma área de 2,3 mil km² para uma potência instalada de apenas 250 MW. Entre o imenso passivo socioambiental de Balbina está a inundação de 30 mil hectares da Terra Indígena (TI) Waimiri-Atroari, o que obrigou o remanejamento de duas aldeias. Para compensá-los, a Eletronorte financiou a demarcação da TI Waimiri-Atroari, de 2,5 milhões de hectares, e o Programa Waimiri-Atroari, que envolve ações nas áreas de saúde, educação, meio ambiente, apoio à produção, vigilância dos limites, administração e documentação e memória durante 25 anos.

Videográfico hidrelétrica de Belo Monte - CLICA AQUI

FILME CRITICA A CONSTRUÇÃO DA USINA - CLICA AQUI

Procurador orienta índios contra usina de Belo Monte - CLICA AQUI

VANTAGENS E DESVANTAGEM - CLICA AQUI

A BATALHA DE BELO MONTE - CLICA AQUI

BELO MONTE - A MINERAÇÃO EM TERRAS INDÍGENAS-CLICA AQUI

INFOGRÁFICO 

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